quarta-feira, 25 de agosto de 2010

UJS + Linhares + ES, agora no ar <> Um Zé fora de hora

Gilson Caroni *

José Serra deixou cair a máscara barata. As críticas ao que chamou de "conferencismo", no 8º Congresso Nacional de Jornalismo, vão além do agrado circunstancial ao baronato midiático que lhe apóia na campanha. A direita sabe que o maior legado da Era Lula não se resume ao crescimento econômico com distribuição de renda. O grande feito do governo petista foi mobilizar a sociedade para passar em revista problemas históricos de origem.


Após várias conferências, a história brasileira deixou de ser o recalcamento das grandes contradições, para se afigurar como debate aberto sobre suas questões centrais. Numa formação política marcada pela escravidão, pela cidadania retardatária, com classes sociais demarcadas por distâncias socioeconômicas e por privilégios quase estamentais, o que vivemos no governo Lula foi uma verdadeira revolução cultural.

Além de discutir a mídia e a questão ambiental, foi criada uma nova agenda capaz de combater preconceitos e discriminações, ligados à classe, à raça, ao gênero, às deficiências, à idade e à cultura. Conhecendo os distintos mecanismos de dominação, encurtou-se o caminho da conquista e ampliação de direitos, da afirmação profissional e pessoal. E é exatamente contra tudo isso que se volta a peroração serrista. A sociedade organizada é o pavor dos oligarcas.

O candidato tucano não escolhe caminhos, métodos, processos e meios para permanecer como possibilidade de retrocesso político. A cada dia, ensaia nova manobra de politiqueiro provinciano, muito mais marcado por uma suposta esperteza do que pela inteligência que lhe atribuem articulistas militantes. Continuar chumbado ao sonho presidencial é sua obsessão. De tal intensidade, que já deveria ter provocado o interesse de psiquiatras em vez da curiosidade positivista de nossos “cientistas políticos” de encomenda.

O “Zé que quero lá" não é apenas jingle de campanha; acima de tudo, é o sintoma de um jogo teatral lamentável. Desprovido de recursos que conquistem a simpatia da platéia, se evidencia como burla ética, como o cristal partido que não se recompõe. Como ator político, é uma idéia fora de lugar, uma caricatura de si mesmo. Vocaliza como ninguém o protofascismo de sua base de sustentação.

Por não distinguir cenários, confunde falas. Quando tenta uma encenação leve, resvala para o grotesco. Quando apela para o discurso da competência, sua fisionomia é sempre dura, ostentando ressentimento e soberba. Os Césares romanos davam pão e circo à plebe. Aqui, sendo o pão tão prosaico, o ”Zé" não pode revelar os segredos da lona sob a qual se abriga. Seu problema, coitado, não é de marketing - é de tempo.

No governo em que ocupou duas pastas ministeriais, o cenário era sombrio. Parecia, ao primeiro olhar, que, no Brasil, tudo estava à deriva: desvios colossais na Sudene, na Sudam, no DNER; violação do painel eletrônico do Senado; entrega de ativos a preço vil; racionamento de energia e descrença generalizada na ação política. Os valores subjacentes aos pólos coronel/cliente, pai/filho, senhor/servo, pareciam persistir na cabeça de muitos de nossos melhores cidadãos e cidadãs, bloqueando a consolidação democrática. Era o tempo de Serra.

Tentar voltar ao proscênio oito anos depois é um erro primário. A política econômica é outra. Mais de 32 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado consumidor brasileiro. Segundo o chefe do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Neri, os cenários projetados até 2014 mostram que é possível duplicar esse número. A mobilidade social gerou um cidadão mais exigente. Uma consciência política mais atenta ao que acontece em todos os escalões do poder, um contingente maior de sujeitos de direito que exige mais transparência e seriedade na administração pública. Esse é o problema do “Zé”. Aquele que, depois de tantas Conferências, poucos o querem lá.

Fonte: Portal Vermelho

terça-feira, 24 de agosto de 2010

UJS + Linhares + ES, agora no ar <> Lula para (de novo) o ABC em campanha com Dilma


Em comício no ABC paulista, Lula volta com Dilma a seu berço político e faz o elo entre gerações das forças progressistas.

Na madrugada desta segunda-feira (23/08), mais precisamente às 5h40 da manhã, o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, a candidata à presidência Dilma Rousseff, o candidato ao Governo do estado de São Paulo Aloísio Mercadante e a candidata ao Senado por SP Marta Suplicy engrossaram o caldo dos 12 mil trabalhadores e trabalhadoras que iniciavam mais um dia de trabalho na montadora da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, em agenda de campanha.

Lula fez um rápido discurso em cima do palanque, pois queria mostrar à Dilma como é que se panfleta na porta da fábrica que é um dos berços políticos de sua trajetória sindical e também do nascimento do Partido dos Trabalhadores. “Faz tanto tempo que não entrego um panfleto, mas já que no dia 1º de janeiro vou ficar desempregado, é bom já ir me acostumando”, brincou o presidente.

Antes dele, Dilma conversou com o povo para firmar um compromisso. Prometeu governar, se for eleita, “levando em consideração os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras”. A idéia de crescimento com geração de renda foi um dos pontos fortes de seu discurso.

UJS presente!

Como não podia faltar, a União da Juventude Socialista madrugou pra vivenciar um dos momentos históricos da vida política do país. Afinal de contas, no dia 19 de abril de 1980, em plena ditadura militar Lula foi preso na fábrica da Mercedes. Agora, ele voltou a parar a fábrica, só que dessa vez como Presidente da República e para pedir voto para a primeira mulher que poderá ser eleita Presidente do Brasil!

“A volta do Lula a essa fábrica, como Presidente da República, marca a trajetória do operário e do povo brasileiro e simboliza a vitória da democracia e das forças progressistas. As batalhas que travamos até aqui se refletem nesse momento e temos certeza que podemos avançar ainda mais rumo ao socialismo”, disse Thiago Andrade, presidente da UJS-SP.

Quando penso no futuro, não esqueço meu passado...

Uma das imagens marcantes para os jovens socialistas foi ver um dos ícones da luta socialista, o vereador Jamil Murad (PCdoB), também ali, bem cedinho, para apoiar Lula e Dilma. Jamil ficou muito feliz em ver a galera da UJS por lá: “Todos nós somos finitos, a nossa luta também é como passar um bastão. Por isso é importante a presença da juventude aqui”.

É, a lição do dia no @thiagoujssp foi: boi que acorda cedo bebe água limpa!

Por Marina Cruz

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

UJS + Linhares + ES, agora no ar <> Wyclef Jean deve se tornar o primeiro rapper presidente do Haiti

O Brasil é pioneiro em ter integrantes do hip-hop se apresentando para disputa eleitoral. A moda parece que influenciou o berço do hip-hop. O rapper Haitiano Wyclef Jean ex-integrante do grupo Fugges de 37 anos, cresceu no Broklyn, em Nova York.
Por: Toni C.


O cantor nunca excluiu a ideia de se candidatar para presidente, chegou a gravar a uma canção com este tema: "Se eu fosse presid
ente." Agora o músico apresenta oficialmente sua candidatura às eleições presidenciais do Haiti no escritório do conselho eleitoral.

Diversos fãs que vestiam camisetas vermelhas e brancas com a inscrição "Fas a Fas" ("frente à frente" em crioulo) reuniram-se em uma avenida de Porto Príncipe no bairro de Demas para acompanhar seu ídolo.

Wyclef Jean chegou em companhia de seus conselheiros jurídicos, de sua mulher e de sua filha. "Hoje o mundo inteiro nos olha, eu represento todos os haitianos" disse o cantor que representa também o hip-hop e complementa: "Os Estados Unidos têm Obama, aqui vamos ter Wyclef", em sua primeira declaração pública na saída do conselho eleitoral.

"Temos que viver juntos, trabalhar juntos para mudar o Haiti, abrir mais escolas", disse Wyclef Jean, que pediu para os jovens procurarem seus títulos de eleitor. "Eu não lhes peço dinheiro, mas seu poder para a mudança", disse a estrela do rap.

Ganhador de um Grammy, Jean declarou que não tem medo de seus detratores, que o qualificam de "candidato da diáspora" e "incapaz de falar crioulo (o idioma local)", assim como de "cidadão estrangeiro", já que também tem nacionalidade norte-americana.

"O Haiti é aqui..." (Caetano Veloso e Gilberto Gil)

Cabe agora a população sofrida do Haiti seguir fazendo história ao eleger o primeiro rapper presidente de uma nação, assim como fizeram no passado ao tornar o Haiti a primeira república Negra do planeta. Lá, assim como aqui, as urnas podem conceder o poder para rappers construir uma grande transformação.

Realmente o jornal Estadão tem motivos de sobra para ficarem preocupados.

Veja o vídeo de Clef "Se eu fosse presidente"



Para conhecer mais sobre o Haiti leia: Rebeldes, refugiados e garotos maus

Com Agências